
Estamos a repensar a filosofia deste Blog. Brevemente reiniciaremos a publicação em âmbito mais alargado, não sómente cenografia. Até breve!
Belver está em festa!
A VIII Feira Medieval já está a decorrer...
É um evento organizado pelo Município do Gavião e produzida pela Companhia de Teatro Viv’Arte. O Programa pode ser visitado aqui.
Fomos convidados pela Companhia de Teatro Viv'Arte a apresentar pela primeira vez o nosso projecto Cenografia Itinerante.
O “Pórtico dos Cavaleiros”
Está colocado na entrada principal do evento, enriquecento o recinto e chamando a atenção do público para o local onde decorrem a maioria das animações da feira.
A equipa que participa neste projecto é a seguinte:
Concepção- Ceno-Grafo, Atelier de Cenografia, pelo Cenografista Jorge de Almeida Carvalho;
Carpintaria de Cenografia- Hilário Sousa.
A todos os Amigos da Cenografia Medieval deixamos um abraço!
Não vamos estar presentes durante os dias de festa, por uma questão de agenda, neste momento vários projectos estão decorrer... brevemente diremos mais!
Estamos à espera que os nossos "fotógrafos" nos enviem alguns registos para os podermos partilhar convosco... não sabemos se veem por email, se por bola de cristal ou se serão entregues em mão pelo Dragão produtor de Bafo!
Uma boa Feira para todos!
A VII edição da Feira Medieval de Avis terminou em festa.
A Cenografia Medieval partiu com mais um balanço positivo na bagagem.
“As Vendas do Mestre” foram habitadas pelos produtores regionais que lhes acrescentaram cor, alegria e os aromas da sua Terra.
Agradecemos à Câmara Municipal de Avis por mais um convite, e, pela hospitalidade com que mais uma vez nos receberam. Muito Obrigado.
Agradecemos a todos os funcionários das oficinas da C.M. Avis, que transformaram os desenhos em realidade. Muito Obrigado.
Os registos captados por nós:
A peça cenográfica “ A Varanda do Mestre” (da edição de 2008) foi reutilizada nesta edição e foi palco para diversos espectáculos, nomeadamente para as peças de teatro representadas pelas escolas, ver aqui.
Não nos podemos despedir sem antes deixar um forte abraço para todos os amigos que deixamos no Castelo de Avis, os que "habitam" as muralhas, o convento e todos os outros recantos mágicos... Até um dia destes!
No passado dia 5 de Abril, estivemos em Sesimbra para a realização de um Workshop de Cenografia.
Esta iniciativa estava integrada na “Temporada de Música da Casa de Ópera do Cabo Espichel”. A temática era: O Cenário de Ópera e Teatro”.
O tema foi desenvolvido de forma a dar o enquadramento da Cenografia ao longo da História, com especial incidência na Época Barroca.
Participaram neste Workshop 12 pessoas, que desenvolvem actividades em associações locais, a Animepaf e Batuque do Conde. Esta associações estão ligadas às artes performativas e à já longa tradição carnavalesca do concelho.
Deixamos um registo fotográfico dos trabalhos desenvolvidos.
O Worshop foi para nós muito gratificante, pois todos os participantes demonstraram interesse numa 2ª edição com uma componente mais prática.
Essa 2ª edição será ainda em Abril, os contactos para inscrição são os mesmos da edição anterior.
Nesta perspectiva criámos um serviço de Cenografia Itinerante...
Por estrada de guerra, partida para algara ou só para visitação a mesnada chegou às portas da Vila, por lei régia não pode entrar muralhas adentro, por isso monta o seu acampamento e altas atalaias donde controla a aproximação de estranhos.
Em pontos de domínio da paisagem, ao longo dos caminhos, ou junto a pontes, atalaias com uma pequena guarnição serviam como ponto de controlo ou posto avançado de vigilância. Este cenário representa um desses pontos com a sua torre de vigia e cabana para albergar a guarnição.
Dia de Torneio. Cavaleiros de vários termos do reino acorrem para a justa. Exercício de guerra, forma de ganhar a vida com os despojos e resgate do vencido, a recompensa da sua dama que lhe oferta o laço, ou campeão final que ganha a jóia adornada com penas de ave exótica. Diversas são as razões para atravessar o pórtico e entrar na liça de honra.
El-Rei declarou Feira Franca na Vila, isentou de portagens e impostos os mesteirais e almocreves que de fora, queiram vir mercar ao concelho. É preciso controlar o acesso à feira de modo a que homiziados, mendigos e outra gente de arruaça não prejudique o negócio.
Para tal constroem-se portas e põem-se sentinelas.
Cenário E- Fortificação da Vila
Os tempos são de crise, el-Rei, Barões e Terratenentes andam desavindos e travam-se de razões. Os Homens-Bons do Concelho, na sua Assembleia decidiram armar milícias e fortificar a Vila para o que der e vier...
Cenário F- Patíbulo dos Tormentos
Roubo, ferir com ferros, merda na boca, são crimes no dia a dia medieval. Juiz de dentro e juízes de fora, julgam. As condenações para a forca são executadas fora da Vila, para as outras, decapitações e castigos vários, arma-se um patíbulo e monta-se o espectáculo da punição exemplar que serve de lição e ocasião de negócio para o carrasco.
O projecto Cenografia Itinerante agora apresentado, foi concebido após pesquisa histórica/iconográfica e baseia-se em construções temporárias, nomeadamente fortificações em madeira. Abrange os séculos XIII a XV época a partir da qual as tácticas de guerra começaram a modificar-se.
A nível técnico, é uma estrutura modular, podendo ser montada para construir as peças apresentadas ou outras, adequando-se às exigências do local; estamos abertos a propostas. Para contacto usar o seguinte e-mail: cronoscafo.conteudos@gmail.com
Houve realmente Cenografia na Idade Média; textos e iluminuras falam-nos da construção de ambiências para representações.
Mas este Blog trata de Cenografia em eventos Medievais ou de Recriação Histórica.
Nos últimos anos aumentou a quantidade de Feiras Históricas também chamadas Festas da História. Nalguns concelhos tornaram-se um produto estratégico turístico.
Por isso pede-se mais e melhor música, maior variedade de espectáculos e começa a cuidar-se da área visual.
A cenografia surge como materialização de imaginários e histórias para contar; serve de palco a castigos e torneios, abriga o sentinela na sua torre ou com um pórtico marca uma fronteira ao visitante, como um portal do tempo.